domingo, 20 de julho de 2008

Ser exclusivo ou não ser?

Eis a questão! Ultimamente tem-se falado muito da guerra entre a SIC e a TVI para ter os melhores actores a trabalhar em exclusivo para si. Pois bem, essa também é uma guerra do mundo dos videojogos que como ficou provado na E3 deste ano (mais uma vez), não é nada fácil de travar...

Ter um jogo em exclusivo numa certa consola significa que esse jogo só se vende para essa mesma consola. Isto obriga os fãs desse jogo a optar pela consola que o "corre". Os jogos exclusivos são (pelo menos deveriam ser) um dos elementos diferenciadores entre consolas e jogos, que só por si, levam alguém a comprar determinada consola. Por exemplo, hoje sabe-se que as vendas da Playstation 3 aumentaram aquando do lançamento de Metal Gear Solid 4, e este jogo até nem foi lançado em nenhum período "especial" como o Natal. Tal como não me parece que os jogos da Santa Casa tenham saído a tanta gente nessa semana. Este aumento nas vendas da consola da Sony verificou-se um pouco por todo o mundo, embora com especial foco no Japão, pois claro. Um desses tais jogos capazes de vender consolas, Bioshock, tendo já vendido o que tinha a vender para as plataformas Microsoft, deixa para trás o estatuto de "exclusivo" e vai, a partir de Outubro, render o peixe para a rival Sony...

Considerado um dos jogos sensação do ano passado, Bioshock chegará então à Playstation 3. Com um ano e picos (dois meses no caso) de atraso, o jogo da 2K Games (a Electronic Arts deve estar mais que arrependida de certas decisões do passado) é a sequela espiritual de um jogo da EA que foi muito elogiado, mas que vendeu pouco. Em Bioshock, somos Jack, um sobrevivente de um acidente aéreo que encontra uma cidade submersa no Atlântico. Não, não era a Atlântida, mas sim uma cidade criada para albergar os génios incompreendidos da época, onde estes davam largas à imaginação. No entanto, a imaginação tornou-se "larga demais" e quando lá chega, Jack depara-se com um cenário nada agradável...

Esta situação vem comprovar a ideia de que não é rentável (pelo menos, ao máximo) ter um jogo a vender numa só consola. Se se abrir as portas a outros jogadores que escolheram outra consola por causa de outro exclusivo, consegue-se sempre facturar mais alguns "trocos". E numa sociedade em que "os trocos" são o móbil de tudo, decisões como esta não só são compreensíveis como se tornarão recorrentes...


Sem comentários: